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Data: Aug 01, 2009   |   Cathegory: Press



Brasil / Magazine – 01/AGO - Autoconhecimento evita ressaca


É no fim da adolescência que se começa a beber. E muito. Festas, baladas, comemorações, cervejadas, tequiladas… Tudo é motivo para juntar os amigos e brindar. Mas passar da conta na bebedeira é dureza: dor de cabeça, tontura, estômago revirado, sede constante. E a melhor forma de evitar a ressaca é a mais óbvia: beber menos. Para beber menos, é importante conhecer seus próprios limites, conta a terapeuta holística Myriam Durante.
“A prática do autoconhecimento faz com que a pessoa tenha controle de suas emoções, sejam elas positivas ou negativas” acredita Myriam. “Ele nos faz compreender porque reagirmos a uma determinada situação, nos tornando capazes de fazer uma escolha mais consciente, que consequentemente nos levará a uma satisfação e sentido de vida cada vez mais significativo. O autoconhecimento serve para saber seus limites. Quando você se conhece, sabe até que ponto pode ir, respeitando os limites do seu corpo”.
Para a terapeuta, muita gente bebe para desinibir. “O álcool dá coragem para realizar coisas que você provavelmente não faria se não estivesse sob seu efeito. Ele tira as travas, liberta, e essa sensação de liberdade faz com que você não perceba que está passando dos limites”, afirma.
Como ajudar um amigo bebum chato que toda vez que sai acaba com a festa dos outros? “O melhor é conversar, mostrar que a bebida tem dois lados: ela traz uma sensação boa, mas ao mesmo tempo que te dá coragem para se colocar, ela te denuncia. Você se torna inconveniente e não percebe. Beber numa balada, com os amigos, para se soltar, é muito gostoso, mas o problema é quando isso se torna um hábito. Apesar de ser uma droga lícita, não podemos esquecer que ela também faz mal para o nosso organismo, assim como tudo em excesso”, alerta.
Conta Myriam que a terapia holística pode ajudar – e muito – a galera a pegar um pouco mais leve. “O trabalho deve ser desenvolvido no sentido de descobrir o que está levando aquela pessoa em especial a beber em excesso. O terapeuta deve conversar e fazer com que a pessoa tome consciência do que está fazendo e as conseqüências destes atos. Em geral, o jovem usa álcool para chamar a atenção, para se sentir aceito num grupo”, diz.
Myriam também defende o uso da hipnose nestes casos. “Diferente do que muitas pessoas pensam, o transe hipnótico é um estado normal que nos acompanha toda a vida e nem sempre percebemos. É um momento em que você se volta para o seu inconsciente, indo para dentro de si mesmo, com a ajuda do terapeuta, que te orienta a respirar e sentir o seu corpo, voltando-se para dentro de suas emoções. Vale lembrar que o paciente fica consciente durante todo o transe e não faz nada contra sua vontade”, explica.
De acordo com a especialista, “a hipnose é uma técnica milenar que permite o acesso a recursos do inconsciente para aumentar as capacidades pessoais, gerar mudanças comportamentais e estabelecer níveis profundos de comunicação. Esses recursos são as lembranças, compreensões e percepções que armazenamos em nossa mente ao longo da vida. E são eles os responsáveis, na maioria das vezes, por limitar nossos comportamentos e, até mesmo, por desenvolver problemas físicos”, conta. “Durante o transe, o paciente fica focado em apenas uma coisa em especial, por isso, percebe coisas que normalmente não perceberia e descobre possibilidades e escolhas que o levarão a mudanças. Por ser uma terapia breve, a hipnose possibilita o enfrentamento e a superação de uma forma mais rápida”, finaliza.