Durante muito tempo a hipnose teve sua imagem distorcida pelo uso indevido de suas técnicas em programas de televisão, apresentações circenses e espetáculos teatrais.
Felizmente, com a contribuição da ciência, o uso da hipnose foi desmistificado e ela é vista atualmente como uma ferramenta moderna e eficaz.
A hipnoterapia é uma técnica milenar que permite o acesso a recursos do inconsciente para aumentar as capacidades pessoais, gerar mudanças comportamentais e estabelecer níveis profundos de comunicação. Esses recursos são as lembranças, compreensões e percepções que armazenamos em nossa mente ao longo da vida. E são eles os responsáveis, na maioria das vezes, por limitar nossos comportamentos e, até mesmo, por desenvolver problemas físicos.
O uso da hipnose é suave e gera uma agradável sensação de relaxamento físico, mental e emocional. Além disso, ela é completamente segura e não apresenta nenhum efeito secundário. A hipnose acelera o processo da terapia convencional e encurta o tempo de tratamento, por este motivo ela também é conhecida como Terapia Breve.
A hipnose nada mais é do que uma forma de comunicação que provoca mudanças e transformações, levando o indivíduo a prática do pensar sobre si e por si mesmo. Ela é trabalhada de uma forma única e individual, dependendo de cada paciente, problema, doença ou dificuldade existente. Sendo assim, o tratamento é feito sem regras pré-estabelecidas, e sem padronizar o ser humano, descartando a idéia de enquadrá-lo em técnicas prontas, dando a impressão de que todos têm os mesmos problemas, pelos mesmos motivos.
É um estado de concentração absoluta, caracterizado por um estado de profundo relaxamento físico e mental, em que as ondas cerebrais e a freqüência cardíaca são reduzidas, predominando as ondas alfas. O terapeuta, fazendo uso do tom de voz e do ritmo da fala, orienta o paciente como respirar e sentir seu corpo, permitindo que o paciente se volte para o seu lado interno, seu inconsciente, fazendo com que ele entre em contato com os recursos ocultos da sua personalidade. Vale lembrar que o paciente fica consciente durante todo o transe, e não faz NADA contra a sua vontade. Este mesmo estado é conseguido a noite, ao dormir ou quando a pessoa está em repouso. A diferença é que na hipnose esse recurso pode ser conduzido. Durante o dia, estamos com a nossa atenção dissipada, pensando em muitas coisas ao mesmo tempo. Como no transe o paciente fica focalizado, ele percebe coisas que normalmente não perceberia, podendo fazer escolhas que levarão à mudanças. Muitas doenças regridem e são completamente extintas com o tratamento hipnótico.
A hipnose tem sido aplicada com sucesso em muitos casos, tanto em adultos quanto em crianças, para promover mudanças de hábitos e comportamentos, como a timidez; alívio da dor, produzindo anestesia ou analgesia; superação de vícios (como álcool, tabagismo e dependência química); tratar distúrbios emocionais e psicossomáticos. Exemplo: depressão, estresse, síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), gagueira, fobias, insônia, obesidade, ansiedade e sonambulismo; aperfeiçoar a memória; aumentar a autoestima; e perder peso.
Texto colaboração de Myriam Durante