Distimia, a doença caracterizada pelo mau humor constante



Data: 17 de dezembro de 2014   |   Categoria: Imprensa



A edição 110 do Jornalternativo publicou a matéria "Distimia, a doença caracterizada pelo mau humor constante", citando a psicoterapeuta holística e hipnóloga Myriam Durante e o IPOM - Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente. Confira:

Estamos todos sujeitos a dias de mau humor. Trânsito, problemas no transporte público, atrasos, estresse nas ruas, conflitos familiares, dificuldades financeiras e centenas de outros obstáculos. É assim que se inicia o dia de grande parte da população economicamente ativa das grandes metrópoles, o que aumenta a probabilidade de um dia ruim.

Prazos apertados para realizar tarefas, reuniões que consomem horas, excessos de atribuições e cobranças da chefia também agravam o quadro de desconforto corporativo. A pergunta que fica é: quais são os fatores que geram esses distúrbios, considerados os males do século?

Crises de mau humor passageiras são consideradas normais. Estamos falando daquelas crises às quais todos nós estamos sujeitos no dia-a-dia. A questão é saber diferenciar quando tais crises alcançam um nível perigoso e acaba, de fato, tornando-se uma doença. A partir daí passamos a falar sobre um mal não tão conhecido, mas muito comum: a distimia.

Se chove, é ruim. Se faz sol, pior ainda. Para o distímico nada é bom o suficiente e, com certeza, piorará. Como se ele fosse uma eterna vítima da Lei de Murphy.

Distimia é um estado de depressão leve, crônica e de intensidade moderada. Nesse caso o mau humor é constante. Os portadores desse transtorno são pessoas com problemas de relacionamento, autoestima baixa e elevado senso de autocrítica. Essas pessoas estão sempre irritadas, reclamando de tudo e todos e só conseguem enxergar o lado negativo das situações.

Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde -, 3% da população mundial sofre de distimia, sendo que as manifestações mais comuns são em mulheres, em decorrência das oscilações hormonais.

A distimia é caracterizada, basicamente, por:
- Mau humor
- Baixa autoestima
- Desânimo e tristeza
- Predominância de pensamentos negativos
- Alterações do apetite e sono
- Falta de energia para realizar tarefas do dia-a-dia
- Isolamento social
- Tendência ao uso de drogas lícitas, ilícitas e de tranquilizantes

Para diagnosticar o transtorno devemos considerar que o mau humor pode sim ser uma doença e não deve ser subestimado. Myriam Durante afirma que “por acreditar que se trata de um traço da personalidade, quem padece desse distúrbio acaba se acostumando a ser mal humorado e passa a achar normal viver irritado ou aborrecido”. O lado mais importante a se considerar é a manifestação destes sintomas durante pelo menos dois anos consecutivos no caso dos adultos e um ano para crianças e adolescentes.

Quem apresenta mau humor com muita frequência corre um risco 30% maior de desenvolver depressão ou algum tipo de fobia. Também aumenta a vulnerabilidade às drogas e ao alcoolismo, tendo em vista que a busca por tranquilidade é o principal foco do doente.

O importante é, quando perceber um quadro geral da doença, procurar ajuda médica para diagnosticar o distúrbio. Em muitos casos a ajuda de um bom psicoterapeuta já é capaz de curar a doença. Em outros, mais graves, é necessário também o uso de medicamentos. Praticar atividades físicas que liberam endorfina e serotonina também ajudam a melhorar o humor, além de aumentar a autoestima.


Confira a matéria na íntegra: