A motivação na segunda-feira
Data: Oct 22, 2014 | Cathegory: Press
Gostaria de falar sobre a segunda-feira e propor uma reflexão sobre como dois elementos encaram tão diferentemente esta mesma data.
Pare para pensar e imagine o quanto uma pessoa desempregada espera pela segunda-feira. Muitas vezes, o profissional passa o domingo procurando vagas nos jornais ou pela internet e se enche de esperança quando encontra uma oportunidade, uma entrevista para uma vaga.
Se a entrevista está agendada para segunda-feira, ele acorda bem cedo, se arruma com todo capricho e cuidado, coloca a melhor roupa, se enche de entusiasmo e parte para a seleção com muita motivação, pró-atividade e vontade de vencer. Em sua mente geralmente mentaliza fatos positivos e promete que, se a vaga lhe for concedida, fará jus à confiança e dará o melhor de si para as expectativas do contratante. Esse otimismo e performance ocorre normalmente com quem sai de casa na segunda-feira, aposta tudo nesse dia e espera ser contratado.
Por outro lado, como palestrante comportamental, tenho visitado algumas empresas e escutado da liderança que muitos funcionários chegam na segunda-feira de manhã desmotivados, cansados, mal humorados, com cara de poucos amigos e alguns contrariados pelo fato de ter que abrir mão de um programa no domingo à noite para poder chegar tão cedo na segunda-feira para trabalhar.
Segundo estudos do IPOM – Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente, de cada dez profissionais consultados, sete não estão satisfeitos com a sua carreira ou emprego.
Analise como você está hoje e responda: seus pensamentos, atitudes e motivação continuam iguais aos de quando foi trabalhar no primeiro dia? Se a resposta foi sim, parabéns, você faz parte da minoria.
Se a resposta foi não, eu lhe pergunto: onde está todo aquele entusiasmo, aquele brilho nos olhos e a alegria contagiante do começo?
Por que será que acontece isso com tanta gente? Dados da pesquisa realizada pela Talenses, consultoria de recrutamento executivo, apontam que a Geração Y, (pessoas nascidas a partir da segunda metade da década de 1980), é a que mais muda de emprego. Destes profissionais, 71% ficam de três a seis meses numa mesma companhia, o que torna a motivação e retenção desses talentos um grande desafio para a liderança contemporânea.