Em 31/12/2013, o Jornal Meia Hora do Rio de Janeiro, publicou a matéria “Sempre Conectados” da psicoterapeuta e hipnóloga Myriam Durante. Confira!
Sempre conectados
Assim como David Brazil, muitas pessoas são dependentes das redes sociais
Muita gente vai passar a virada do ano mandando mensagens e postando fotos nas redes sociais. E essa mesma turma vai entrar em pânico se, como todo ano, os celulares pararem de funcionar por alguns minutos. É o caso do colunista do MEIA HORA David Brazil, que já se considera viciado em tecnologia.
“Cada fogo de artifício vai ser um flash. Tenho certeza de que vou ficar tenso na hora em que o celular parar de funcionar. Minha vida virou um inferno depois que entrei para as redes sociais e comprei meu iPhone. Até quando acordo para fazer meu ‘pipi’ durante a noite tenho que conferir meus perfis”, conta o nosso ‘Coisa Rica’.
De acordo com a psicoterapeuta Myriam Durante, um dos sinais de quea pessoa está viciada em tecnologia é a interrupção do sono. “As pessoas estão tão viciadas que estão vivendo essa loucura. Não conseguem dormir e, quando dormem, o sono não é suficiente. A pessoa é sugada. É uma ansiedade exagerada; elas precisam ficar ligadas o tempo inteiro com medo de perder algo. Porém, o cérebro precisa dormir para ficar calmo. A falta do sono compromete o raciocínio”, alerta a especialista.
Além da falta de sono, Myriam aponta outros sintomas do vício, como uso em excesso dos aparelhos, alteração do apetite — tanto para mais quanto para menos —, perda da libido (desejo sexual) e irritabilidade.
“O excesso de informação se transforma em ansiedade e pode levar à depressão e à síndrome do pânico. As pessoas me procuram querendo ‘desligar’”, diz ela,quecompleta: “Quem se encaixar nesse perfil deve procurar um terapeuta. Se necessário, encaminhamos para um psiquiatra para uso de remédios”.
‘Tudo demais faz mal’
A psicoterapeuta ensina que, ao chegar em casa, as pessoas devem se desligar de tudo e manter uma rotina.
“Tome banho, jante e converse com seus familiares e, principalmente, desligue o celular na hora de dormir. Se precisar usá-lo como despertador, deixe-o no modo avião que ele fica offline.”
“Quando perceber que está em excesso, deve parar, dar um tempo, pois tudo demais faz mal. Cair na real e voltar à vida normal é a maneira mais saudável”, afirma.
O gago mais querido do País admite que se considera viciado e diz que, se continuar assim, poderá procurar ajuda.
“Até quando estou fazendo amor, estou atracado com o celular.Por enquanto estou feliz, mas, se me atrapalhar, procuro terapia”, conclui David.