Quantas vezes nós já ouvimos essa frase acima? Todo mundo já teve um branco ou conhece alguém que já passou por isso.
O que leva uma pessoa, que se prepara para determinada tarefa, ficar paralisada e não conseguir resolver nada na hora H?
Um clássico exemplo disso é o estudante. Ele leva o ano inteiro se preparando para prestar o vestibular, perde noites de sono, abre mão de passeios, freqüenta o melhor cursinho, faz todos os simulados e sempre vai bem. Não sai mais de casa e está sempre estudando, afinal a prova está tão perto e falta tão pouco tempo. Depois de meses de esforço, chega o dia do vestibular e o inesperado acontece: um branco toma conta da sua memória e ele não consegue responder nem mesmo as questões mais simples. O aluno, que estava muito bem preparado, sabia tudo e entraria com muita facilidade – como demonstravam os simulados – não alcança o número de pontos que precisava e acaba sendo reprovado.
Essa situação é muito comum. Há uma expectativa muito grande em nós, pais, quando nossos filhos chegam à idade de decidir a carreira a seguir. É um passo muito importante e, muitas vezes, eles não estão preparados para dá-lo. Sabendo disso, nós sempre damos alguns palpites, porque amamos muito nossos filhos e queremos que eles não sofram com escolhas erradas ou sem muito futuro.
Pensando no caminho mais seguro, muitos pais tendem a incentivar os filhos a darem continuidade ao negócio da família, que já está em andamento. Na maioria das vezes o peso da responsabilidade é tão grande que o filho tem verdadeira aversão ao negócio, sendo muito diferente de todos os seus sonhos.
Outros pais deixam seus filhos com total liberdade de escolha, facilitando ainda com um teste vocacional e dando todas as condições para que alcancem seu objetivo. Porém, essa postura positiva não é o bastante, porque muitos pais se esquecem do lado emocional, que deveria estar em primeiro lugar.
Achamos que com o seu esforço e o nosso apoio, ele vai conseguir e não enxergamos que nosso filho está tenso, nervoso, com enjôos, dor de barriga… Achamos que tudo isso vai embora quando o vestibular passar, e então, damos um remédio – acreditando que é algo momentâneo.
Chega o grande dia. No momento emque ele recebe a prova, todas as energias passam a se concentrar ali, em torno daquelas folhas que podem decidir seu destino. E eles falham, pois acabam cedendo à pressão do emocional e fracassam.
Há dois fatores principais que fazem uma enorme diferença na hora em que vamos executar o que aprendemos: o stress (por medo, ansiedade, insegurança, etc) e a falta de concentração (por excesso de confiança, euforia, desleixo, entre outros). Num evento estressante, experimentamos um desequilíbrio de nossas emoções, modificamos toda nossa fisiologia e também os processos inconscientes do corpo, como temperatura, freqüência de pulso, respiração e pressão sanguínea.
Às vezes, um simples relaxamento melhora muito. Todos nós precisamos relaxar, encontrar uma maneira de amenizar o stress. Existem vários caminhos, como:
- meditação
- condicionamento mental
- pensamento positivo
- visualização
Quando o corpo está relaxado a pressão sanguínea abaixa e os batimentos cardíacos diminuem, o que tranqüiliza a mente, permitindo que os sentidos captem melhor as informações, que a memória funcione melhor, que o raciocínio tenha um encadeamento mais lógico e que poderes adicionais – como a intuição e a criatividade – sejam trazidos para o processo.
Este exercício pode ajuda-lo em períodos estressantes e faze-lo chegar ao grande dia calmo e com total certeza do resultado positivo. Faça-o três vez por semana, não leva mais do que cinco minutos.
- Procure um lugar tranqüilo, em que você se encontre só.
- Coloque uma música relaxante e procure a posição mais confortável possível.
- Faça de uma a três respirações longas e profundas.
- Imagine e visualize você indo para o vestibular calmo e tranqüilo. Você estudou, sabe a matéria e vai lembrar tudo, obtendo um excelente resultado.
- A partir de hoje, repita quantas vezes quiser e acredite nesta frase: “Eu sou muito inteligente, calmo e criativo”. Você vai ficar muito feliz com o resultado.
Myriam Durante
Psicoterapeuta