Quando o mau humor se torna uma doença? (Adultos)



Categoria: Pesquisas



Entre os meses de Novembro de 2013 e Fevereiro de 2014,  o IPOM – Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente desenvolveu uma pesquisa para saber quando o mau humor se torna uma doença.

Projeto Bem Estar

Autoconhecimento e Equilíbrio = Felicidade em todas as áreas
Em junho, o IPOM – Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente realizou uma pesquisa com cerca de 1.500 pessoas (de 18 à 63 anos) para saber se os brasileiros estão satisfeitos com seu emprego.

O resultado é alarmante: (43% dos entrevistados acham o ambiente de trabalho péssimo). Das cerca de mil e quinhentas pessoas consultadas entre maio de 2012 e maio de 2013, a maioria, 38%, respondeu que a convivência com chefes e colegas agressivos e mal-humorados é o principal causador desse dano. Outros 23% afirmaram que o excesso de trabalho é o motivo, enquanto 18% dos entrevistados apontaram que é a pressão por resultados o que os deixa à beira de um ataque de nervos. Busca da perfeição (11%) e medo da demissão (7%) foram as outras respostas citadas.

Preocupada com o estresse e a frustação observada em profissionais de diversas áreas, a psicoterapeuta holística e hipnóloga Myriam Durante, presidente do IPOM, criou projeto Bem Estar, que engloba uma série de pesquisas, testes, palestras e artigos com o intuito de ajudar as pessoas a se conhecerem melhor. “O autoconhecimento é o grande desafio do homem contemporâneo. É algo que não se ensina na escola, em um curso de especialização ou de pai para filho, mas que é extremamente importante. Estamos em uma era de individualismo e cada vez mais as pessoas se distanciam de si mesmo”, explica Myriam.

A primeira pesquisa foi sobre mau humor: “Quando o mau humor se torna uma doença?”

Padecemos com engarrafamentos de trânsito, recebemos muitos mais tarefas do que realmente conseguimos realizar durante o dia… tudo isso, gera uma pressão muito grande nas pessoas. Alguns reagem com explosões de raiva, outros com palavrões, nervosismo ou impaciência. Além do impacto negativo na saúde e na vida social, é importante identificar se o mau humor é passageiro ou se a raiva, a irritabilidade, a tristeza e a fadiga estão tão presentes que já fazem parte da sua vida.

Agradeço deste já a sua colaboração! Os resultados desse estudo estão divulgados logo abaixo e na página do IPOM no Facebook. Confira o artigo, dicas e orientações sobre como tratar e amenizar esse sofrimento emocional.

Leia o artigo abaixo:

DISTIMIA, A DOENÇA CARACTERIZADA PELO MAU HUMOR CONSTANTE

Estamos todos sujeitos a dias de mau humor. Trânsito, problemas no transporte público, atrasos, estresse nas ruas, conflitos familiares, dificuldades financeiras e centenas de outros obstáculos. É assim que se inicia o dia de grande parte da população economicamente ativa das grandes metrópoles, o que aumenta a probabilidade de um dia ruim.

Prazos apertados para realizar tarefas, reuniões que consomem horas, excessos de atribuições e cobranças da chefia também agravam o quadro de desconforto corporativo. A pergunta que fica é: quais são os fatores que geram esses distúrbios, considerados os males do século?

De acordo a pesquisa do IPOM – Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente – o ambiente tenso e pouco amistoso é o que mais provoca estresse no ambiente corporativo. Das cerca de 1.500 pessoas envolvidas na pesquisa, 38% responderam que a convivência com chefes e colegas agressivos e mal-humorados é o principal causador desse dano.

Segundo a psicoterapeuta holística e presidente do IPOM, Myriam Durante, que coordenou a pesquisa, os dados comprovam que muitas empresas têm um ambiente nocivo à saúde. “Já havíamos feito uma pesquisa mais abrangente sobre o tema, mas decidimos focar no ambiente de trabalho em função do aumento das queixas dos consultados. Fomos investigar o que está por trás desse problema, que atinge cerca de 70% da população economicamente ativa do país”, explica a especialista.

Crises de mau humor passageiras são consideradas normais. Estamos falando daquelas crises às quais todos nós estamos sujeitos no dia-a-dia. A questão é saber diferenciar quando tais crises alcançam um nível perigoso e acaba, de fato, tornando-se uma doença. A partir daí passamos a falar sobre um mal não tão conhecido, mas muito comum: a distimia.

Se chove, é ruim. Se faz sol, pior ainda. Para o distímico nada é bom o suficiente e, com certeza, piorará. Como se ele fosse uma eterna vítima da Lei de Murphy.

Distimia é um estado de depressão leve, crônica e de intensidade moderada. Nesse caso o mau humor é constante. Os portadores desse transtorno são pessoas com problemas de relacionamento, autoestima baixa e elevado senso de autocrítica. Essas pessoas estão sempre irritadas, reclamando de tudo e todos e só conseguem enxergar o lado negativo das situações.
Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde -, 3% da população mundial sofre de distimia, sendo que as manifestações mais comuns são em mulheres, em decorrência das oscilações hormonais.

A distimia é caracterizada, basicamente, por:

- Mau humor
- Baixa autoestima
- Desânimo e tristeza
- Predominância de pensamentos negativos
- Alterações do apetite e sono
- Falta de energia para realizar tarefas do dia-a-dia
- Isolamento social

Tendência ao uso de drogas lícitas, ilícitas e de tranquilizantes
Para diagnosticar o transtorno devemos considerar que o mau humor pode sim ser uma doença e não deve ser subestimado. Myriam Durante afirma que “por acreditar que se trata de um traço da personalidade, quem padece desse distúrbio acaba se acostumando a ser mal humorado e passa a achar normal viver irritado ou aborrecido”. O lado mais importante a se considerar é a manifestação destes sintomas durante pelo menos dois anos consecutivos no caso dos adultos e um ano para crianças e adolescentes.

De acordo com a psicoterapeuta, quem apresenta mau humor com muita frequência corre um risco 30% maior de desenvolver depressão ou algum tipo de fobia. Também aumenta a vulnerabilidade às drogas e ao alcoolismo, tendo em vista que a busca por tranquilidade é o principal foco do doente.

Em pesquisa realizada entre Novembro de 2013 e Fevereiro de 2014 o IPOM concluiu que 34% dos entrevistados têm os pensamentos dominados por preocupações do dia-a-dia, 67% sentem-se desanimados e cansados, 60% têm problemas para evitar pensamentos negativos e 54% acreditam que as outras pessoas não as entende.

“O importante é, quando perceber um quadro geral da doença, procurar ajuda médica para diagnosticar o distúrbio. Em muitos casos a ajuda de um bom psicoterapeuta já é capaz de curar a doença. Em outros, mais graves, é necessário também o uso de medicamentos. Praticar atividades físicas que liberam endorfina e serotonina também ajudam a melhorar o humor, além de aumentar a autoestima”, afirma Myriam.



Clique aqui e confira o resultado da pesquisa



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