Mau humor no trabalho: se for constante, pode ser doença



Data: 19 de noviembre de 2014   |   Categories: Imprensa



Em 18/11/2014 o Portal Administradores publicou a matéria: "Mau humor no trabalho: se for constante, pode ser doença" da psicoterapeuta holística e hipnóloga Myriam Durante, que fala sobre mau humor, distimia e como identificá-los.

Estamos todos sujeitos a dias de mau humor. Trânsito, problemas no transporte público, atrasos, estresse nas ruas, conflitos familiares, dificuldades financeiras e centenas de outros obstáculos. É assim que se inicia o dia de grande parte da população economicamente ativa das grandes metrópoles, o que aumenta a probabilidade de um dia ruim.

Prazos apertados para realizar tarefas, reuniões que consomem horas, excessos de atribuições e cobranças da chefia também agravam o quadro de desconforto corporativo. A pergunta que fica é: quais são os fatores que geram esses distúrbios, considerados os males do século?

A convivência com chefes e colegas agressivos e mal-humorados é o principal causador desse dano.

Crises de mau humor passageiras são consideradas normais. Estamos falando daquelas crises às quais todos nós estamos sujeitos no dia-a-dia. A questão é saber diferenciar quando tais crises alcançam um nível perigoso e acaba, de fato, tornando-se uma doença. A partir daí passamos a falar sobre um mal não tão conhecido, mas muito comum: a distimia.

Se chove, é ruim. Se faz sol, pior ainda. Para o distímico nada é bom o suficiente e, com certeza, piorará. Como se ele fosse uma eterna vítima da Lei de Murphy.

Distimia é um estado de depressão leve, crônica e de intensidade moderada. Nesse caso o mau humor é constante. Os portadores desse transtorno são pessoas com problemas de relacionamento, autoestima baixa e elevado senso de autocrítica. Essas pessoas estão sempre irritadas, reclamando de tudo e todos e só conseguem enxergar o lado negativo das situações.

Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde -, 3% da população mundial sofre de distimia, sendo que as manifestações mais comuns são em mulheres, em decorrência das oscilações hormonais.

A distimia é caracterizada, basicamente, por:
- Mau humor
- Baixa autoestima
- Desânimo e tristeza
- Predominância de pensamentos negativos
- Alterações do apetite e sono
- Falta de energia para realizar tarefas do dia-a-dia
- Isolamento social
- Tendência ao uso de drogas lícitas, ilícitas e de tranquilizantes

Para diagnosticar o transtorno devemos considerar que o mau humor pode sim ser uma doença e não deve ser subestimado. Myriam Durante afirma que “por acreditar que se trata de um traço da personalidade, quem padece desse distúrbio acaba se acostumando a ser mal humorado e passa a achar normal viver irritado ou aborrecido”. O lado mais importante a se considerar é a manifestação destes sintomas durante pelo menos dois anos consecutivos no caso dos adultos e um ano para crianças e adolescentes.

Quem apresenta mau humor com muita frequência corre um risco 30% maior de desenvolver depressão ou algum tipo de fobia. Também aumenta a vulnerabilidade às drogas e ao alcoolismo, tendo em vista que a busca por tranquilidade é o principal foco do doente.

O importante é, quando perceber um quadro geral da doença, procurar ajuda médica para diagnosticar o distúrbio. Em muitos casos a ajuda de um bom psicoterapeuta já é capaz de curar a doença. Em outros, mais graves, é necessário também o uso de medicamentos. Praticar atividades físicas que liberam endorfina e serotonina também ajudam a melhorar o humor, além de aumentar a autoestima.
 

 

Confira a matéria na íntegra.